Dicas de Saúde


Botox ajuda a reduzir tremores em pacientes com esclerose múltipla

Estudo mostrou que toxina botulínica melhorou significativamente a gravidade do sintoma, assim como a habilidade de escrever e desenhar

Mulher recebe aplicação de Botox em uma clínica de estética na AlemanhaMulher recebe aplicação de Botox: pesquisa conclui que toxina botulínica pode ser aliada contra sintomas da esclerose múltipla (Mario Vedder/AFP)
Um novo estudo publicado nesta terça-feira na revista Neurology mostrou que o uso de botox (toxina botulínica) pode ajudar a aliviar os tremores de braços e mãos entre pessoas com esclerose múltipla. Segundo os pesquisadores, que são da Universidade de Melbourne, na Austrália, esses achados são importantes pois as alternativas que existem atualmente para diminuir os sintomas da doença, como a fisioterapia, não são completamente eficazes.
A pesquisa selecionou 23 pessoas com esclerose múltipla. Durante três meses, parte delas recebeu um tratamento com injeções de botox e o restante, doses de placebo. Após esse período, e ao longo dos três meses seguintes, o grupo que havia sido tratado com a toxina botulínica passou a receber o placebo, e vice-versa. Foram avaliadas a gravidade dos tremores desses pacientes e a capacidade deles de escrever e desenhar.
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Os resultados mostraram que a terapia com botox melhorou significativamente os sintomas observados a partir da sexta semana de tratamento. Os tremores, que antes eram classificados como graves, passaram a ser moderados ou leves entre os pacientes tratados com a toxina botulínica. O placebo, por outro lado, não alterou a severidade dos sintomas. O efeito colateral mais apresentado com as aplicações de botox foi a fraqueza muscular, que afetou 42% dos participantes (com placebo essa taxa foi de 6%). Esse problema, no geral, não se mostrou grave e desapareceu dentro de duas semanas. “Nosso estudo sugere uma nova abordagem para amenizar os tremores relacionados à esclerose múltipla. No entanto, ainda há diversos desafios no combate ao problema e mais e maiores estudos são necessários para que essa alternativa possa ser utilizada na prática clínica”, diz a coordenadora da pesquisa, Anneke vam der Walt.

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'Dieta das estações': veja como manter a saúde e a boa forma em cada época

ASSUNTOS: Dietas

os melhores alimentos para consumir e por quê


Imagem ilustrativa: Getty Images
Por Renata Pinheiro


Basta o clima ficar mais fresquinho e nos sentimos muito à vontade para abandonar a salada e adotar comidas mais encorpadas no cardápio.

Na transição do verão para o outono acontece assim. "Aquela alimentação mais leve e refrescante começa a dar lugar aos alimentos mais quentes, preparando nosso corpo para o friozinho do outono e protegendo nosso organismo contra as doenças comuns dessa nova estação", lembra Graciane Leal, nutricionista.

A especialista nos ajuda a entender como usar as estações em favor da nossa saúde e boa forma. Confira, abaixo.




  • 1

    Outono
    "Com as mudanças climáticas, deixamos as insolações e as desidratações frequentes do verão para dar mais atenção às doenças respiratórias. Alimentos ricos em compostos antioxidantes e fortificantes trazem a proteção necessária e são fundamentais para manter nos protegidos. Algumas sugestões são a beterraba, a cenoura, o espinafre, a soja e a aveia", explica Graciane.

    "Torna-se fundamental, também, o consumo de alimentos mais líquidos e ricos em vitaminas, para compensar o clima mais seco", alerta a especialista. "Mesmo sem sede e sem calor é necessária a reidratação. Sucos de frutas naturais e as frutas in natura são ótimas sugestões para o período, além de fontes de vitaminas importantíssimas ao corpo. As frutas da safra são o kiwi, a laranja, a tangerina, o caqui e a pera", indica Graciane.
  • 2

    Inverno
    Aos poucos o friozinho vai se instalando e as sopas e os chás começam a pipocar nos cardápios. A nutricionista aponta como sendo opções nutritivas, de acordo com a escolha certa ingredientes, que também podem ajudar a aquecer o corpo. "Legumes e verduras são ingredientes certos para manter o organismo protegido nesses dias. A beterraba, o brócolis, a couve, a cenoura e o espinafre são ricos em ferro, cálcio, vitamina C e antioxidantes, que deixam a temperatura corporal em equilíbrio", explica.

    E como comer se torna um hábito comum nessa estação, o ideal é, então, consumir alimentos menos calóricos. Mas os alimentos da safra podem ajudar a deixar seus pratos mais saborosos, sem pesar na saúde. "Alimentos da safra são fundamentais para deixar os pratos mais saborosos. Algumas sugestões são o alho, a pimenta, a cebola, os feijões e o milho e de frutas são a amora, a framboesa, o figo, o morango, o pêssego e as uvas. Todos são fundamentais pois são ricos em compostos fenólicos e antocianinas que protegem o coração e os pulmões dos excessos (frio e má alimentação) da estação", ensina Graciane.

  • 3

    Primavera
    E se inicia uma nova corrida para a perda dos quilinhos que ganhamos no inverno. "Com a chegada de dias mais quentes, também há um aumento da transpiração corporal e a digestão se torna mais lenta. Assim, o corpo necessita de mais hidratação e alimentos fáceis de serem digeridos, como frutas, verduras e legumes", explica a nutricionista. "As vitaminas A e C tornam-se presentes na maioria dos alimentos da safra e são importantíssimas para manter o bom funcionamento do organismo", avisa. Encontram-se facilmente essas vitaminas no abacaxi, caju, mamão, manga, maracujá e nos legumes abóbora, batata doce e inhame.
  • 4

    Verão
    Hidrate-se! É essa a principal dica para o verão, quando liberamos muito líquido pela transpiração. Mas Graciane tem outras dicas. "Evite alimentos gordurosos. Carnes gordas, queijos gordurosos, molhos à base de creme de leite, maionese", orienta Graciane.

    "Temos que ter alguns cuidados com alimentos muito pesados e de difícil digestão, isso porque o organismo precisa de energia para manter a temperatura do corpo estável e não deve perder essa energia com a digestão. Isso faz com que a digestão fique lenta e a temperatura do corpo instável", explica a nutricionista funcional Chris Vitola.